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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

É um distúrbio benigno que ocorre na primeira das seis passagens de um sono profundo para um mais superficial: as funções motoras despertam, mas a consciência continua a dormir. Adicionado por uma pausa na respiração, por um barulho ou pelo próprio ronco, o corpo desperta.
Mesmo não estando acordada de verdade, a pessoa pode começar a andar e a falar. Normalmente a pessoa passa a se mexer durante o sono, senta-se na cama, levanta-se e sai andando, ainda dormindo. Sem o consentimento do cérebro, o indivíduo não faz nada muito complexo, mas é capaz de abrir portas e janelas, por exemplo.
Isto é, o sonâmbulo se movimenta, mas não sabe o que está acontecendo. Provocado por uma arritmia cerebral, geralmente hereditária, o sonambulismo ocorre em aproximadamente 20% das crianças de 3 a 10 anos, em média de uma vez por ano, e depois tende a desaparecer sem deixar vestígios.
Entre os transtornos comuns do sono estão a insônia, a apnéia do sono, a enurese e o bruxismo. Os Drs. Hobson e Silvestri descrevem transtornos do sono como "erros de tempo e de equilíbrio" do cérebro em suas transições entre o sono e a vigília [fonte: Hobson].
Pense na grande complexidade do cérebro e nas muitas tarefas que ele tem de desempenhar: ele mantém a respiração, as batidas do coração, registra todas as memórias de uma vida, permite o riso, o choro, o amor e a conversação. Pense em como você dorme, em como seu corpo transita entre sonhos e períodos sem sonhos. Agora pense como você acorda descansado em certos dias e ansioso em outros. Trata-se de processos complexos, controlados por um órgão complexo.

O que faz com que o corpo de um sonâmbulo se mova?
As pessoas costumavam pensar que os sonâmbulos realizavam seus desejos e medos subconscientes. Um exemplo é a Lady Macbeth, de Shakespeare, que durante o dia oculta as profundezas de sua traição, mas à noite, dormindo, confessa sua culpa.
Há quem associe o fenômeno ao ocultismo, como em "Drácula", quando o vampiro enfim consegue cravar os dentes no pescoço de uma Lucy adormecida. Há quem diga que se trata de uma resposta puramente física, ilustrada pela personagem-título de "La Sonnambula", ópera de Bellini cuja protagonista sofre toda sorte de dificuldades em função de ações inocentes que realiza durante o sono.

Características do sonambulismo
Você provavelmente já viu sonâmbulos em filmes, descendo escadas com os olhos fechados e os braços estendidos. Mas agora você aprenderá o que acontece de fato.
O DSM-IV, um manual usado por profissionais de saúde mental, define sonambulismo de acordo com alguns critérios.
  • Uma pessoa que sai da cama dormindo, em geral durante o primeiro terço do sono da noite.
  • Outras pessoas encontram dificuldade para despertar alguém que esteja enfrentando um episódio de sonambulismo.
  • A pessoa não se lembra do que aconteceu durante o episódio de sonambulismo.
  • A pessoa acorda confusa depois de um episódio de sonambulismo.
  • A pessoa não sofre de demência ou de outro problema físico.
  • A insônia prejudica a vida social e profissional.
Agora vamos considerar alguns desses critérios. Durante o primeiro terço do sono da noite, seu corpo está em NREM (também se usa não-REM), ou seja, sono sem movimento rápido dos olhos, o que representa o estágio mais profundo do sono. O cérebro se aquieta, o que significa que a pessoa não está sonhando. Por isso, os sonâmbulos não estão implementando seus sonhos. Considere a situação da seguinte maneira: no sono não-REM, o cérebro não está muito ativo, mas o corpo está. No sono REM (com movimento rápido dos olhos), o cérebro está muito ativo mas o corpo não.
O cérebro resiste a ser despertado durante o sono profundo, o que explica por que é difícil acordar um sonâmbulo. E, caso isso seja feito, é provável que o sonâmbulo indique sinais de confusão por diversos minutos e pouco se lembre de qualquer coisa que tenha acontecido.

Em crianças
 O sonambulismo ocorre mais freqüentemente na infância e é mais comum entre meninos do que entre meninas
Os sonâmbulos em geral são crianças. Muito mais gente do que imaginamos viveu histórias de sonambulismo ocasional na infância - foram encontrados pelos pais caminhando no jardim da casa ou passeando na rua de pijama. Geralmente, as crianças superam o problema sem intervenção. A população adulta de sonâmbulos é bem menor. O sonambulismo também pode ser uma questão que afeta toda uma família e é mais freqüente entre os meninos do que entre as meninas.

Devemos ou não acordar um sonâmbulo?
A idéia de que não devemos despertar os sonâmbulos é um mito, mas assustar a pessoa é uma péssima idéia. O melhor a fazer é conduzir o sonâmbulo gentilmente de volta à cama. A maior parte das pessoas só passa por um episódio de sonambulismo por noite, de modo que é improvável que voltem a se levantar.

Por que as pessoas se tornam sonâmbulas?
As pessoas costumavam pensar que os sonâmbulos estavam colocando em prática os seus sonhos. Outra idéia era a de que o sonambulismo tivesse alguma relação com a epilepsia (em inglês), histeria, distúrbios dissociativos ou mesmo nossos desejos secretos.
A verdade é que ninguém sabe exatamente o que causa o sonambulismo, mas discutiremos algumas possibilidades.
Mencionamos anteriormente que o sonambulismo ocorre nos estágios mais profundos do sono, os estágios 3 e 4, quando as ondas cerebrais são muito lentas. Durante o dia, o cérebro é uma colméia de atividade mas, durante o sono não-REM, ocorre o contrário. O corpo, no entanto, continua ativo e não se aquietou completamente da agitação vivida ao longo do dia. O que temos, portanto, é um corpo ainda capaz de movimento acoplado a um cérebro sonolento.

Estágios do sono
Os profissionais de saúde mental se referem ao sonambulismo como um "distúrbio de excitação", o que significa que alguma coisa faz com que o cérebro desperte do sono profundo, deixando a pessoa em um estado de transição entre o sono e a vigília.
O fato de que a maioria dos sonâmbulos são crianças é significativo, especialmente porque o problema desaparece com o crescimento. O cérebro de uma criança se desenvolve com muita rapidez e está programado para aceitar toda espécie de estímulo. Bebês crescem e se tornam alunos de jardim de infância em apenas cinco anos - você acredita que terá desenvolvimento cerebral equivalente como adulto, nos próximos cinco anos?
Há quem sugira que o cérebro da criança é simplesmente imaturo demais para compreender os ciclos de sono e vigília. Outros propõem que, dado o rápido desenvolvimento das crianças, talvez certas áreas do cérebro superem outras em termos de desenvolvimento, ou determinados aspectos de desenvolvimento ganhem precedência.
O sono não-REM também é o período em que o corpo age para reparar os danos sofridos e libera hormônios, entre os quais os hormônios do crescimento. É possível que a liberação de hormônios tenha alguma relação com a excitação que desperta alguém do sono.
A maioria dos sonâmbulos adultos já o eram quando crianças - o problema raramente surge na idade adulta, a não ser como sintoma de outro problema. As crianças tendem a passar por mais casos de sonambulismo se estiverem fatigadas ou estressadas. Os mesmos fatores se aplicam aos adultos, mas determinados medicamentos, o uso de álcool e doenças que causem febre também podem contribuir.
É claro que o sonambulismo não é tão inofensivo para certas pessoas. Há vínculos entre sonambulismo e problemas cerebrais orgânicos como os males de Parkinson e de Alzheimer. Caso você tenha um filho sonâmbulo, é provável que ele supere o problema sem intervenção, ou com a ajuda de um cronograma regular de sono e esforços para a redução de estresse. Caso um adulto comece a enfrentar episódios de sonambulismo, o aconselhável é procurar um médico.

Assassinos sonâmbulos
O assassino sonâmbulo, Scott Falater, em seu uniforme de prisão, em Phoenix, Arizona, julho de 1999 Alguns sonâmbulos vão além de passear pela casa durante o sono. Um homem de Manchester chamado Jules Lowe assassinou o pai enquanto dormia e foi inocentado. Scott Falater, um morador do Arizona, usou o sonambulismo como defesa depois de esfaquear a mulher 44 vezes, mas foi considerado culpado. Não se trata de casos isolados. O psiquiatra Peter Fenwick reporta casos de homicídio cometido por sonâmbulos desde o ano 1600, quando um cavaleiro esfaqueou um amigo e foi considerado culpado. A primeira menção a alguém absolvido de uma acusação de homicídio devido a sonambulismo, nos Estados Unidos, parece ser o caso de Albert Tirrell, acusado de assassinar sua amante em 1846.
A característica essencial do Transtorno de Sonambulismo são os episódios repetidos de comportamento motor complexo, iniciado durante o sono, incluindo levantar-se da cama e andar. Durante esses episódios, a pessoa apresenta uma redução do estado de alerta, um olhar vazio e uma relativa ausência de resposta à comunicação com outras pessoas. Quando o sonâmbulo é desperto na manhã seguinte, pode ter uma recordação precária do episódio. Após o episódio, quando é despertado, pode haver um breve período de confusão ou dificuldade para orientar-se.

Os episódios de sonambulismo podem incluir uma variedade de comportamentos, desde simplesmente se sentar na
cama, olhar em volta ou remexer no cobertor ou no lençol ou até se levantar, ir ao banheiro, sair do quarto, subir ou descer escadas, comer, falar e mesmo sair de casa. Os sonâmbulos podem ainda falar ou até mesmo responder a perguntas, mas seu discurso é relativamente confuso. Não é raro que essas pessoas respondam solicitações de outros para cessarem suas atividades e voltarem para a cama. Particularmente na infância, o sonambulismo também pode incluir um comportamento inadequado, como, por exemplo, urinar em um armário, na sala, etc.
Sonambulismo
O sonambulismo é um despertar incompleto. Neste distúrbio, uma parte do cérebro acorda sem que a pessoa recobre a consciência, o que faz com que ela aja sem inteligência, mas com todas as reações, como fugir ou atacar. É um evento comum em crianças na fase de transição para a adolescência. A forma pode variar de um simples levantar da cama e andar ao redor do quarto até eventos de ações prolongadas e complexas, incluindo ir para outras partes da casa ou até fora dela, porém são mais raros.
O sonambulismo, usualmente, inicia-se nas primeiras horas de sono (entre 1 a 3 horas após o adormecer e geralmente no primeiro ciclo de sono), e sua duração é variável, desde poucos segundos até vários minutos. Se o sono não for interrompido, o episódio de sonambulismo termina espontaneamente, e a criança continua a dormir em estágios profundos de sono.
Na maioria dos casos nenhum tratamento é necessário. O sonâmbulo e a família devem ser orientados de que estes eventos raramente indicam problemas médicos ou psiquiátricos sérios. Nas crianças os episódios de sonambulismo tendem a diminuir com a idade, ocasionalmente persistindo na idade adulta. Sonambulismo que começa na idade adulta deve ser cuidadosamente investigado.

Causas e tratamentos p/ o sonambulismo

sonambulo
O que é o sonambulismo? Como ocorre?

O sonambulismo é um distúrbio benigno que ocorre com algumas pessoas. Em síntese, o sonâmbulo exerce algumas funções, como falar, andar, abrir portas e janelas, enquanto dorme.
Cientificamente falando: o sono tem 5 estágios nos quais a cada estágio as ondas cerebrais diminuem de intensidade até atingir um profundo nível de relaxamento.
No caso dos sonâmbulos estas ondas são irregulares, o que acaba por não desligar completamente a região do cérebro responsável por nossas funções motoras.
A região do cérebro responsável pela consciência (o hipotálamo) fica quase inativa. Isto explica porque normalmente as pessoas sonâmbulas não lembram de quase nada que fizeram.
Quais as causas do sonambulismo?
O sonambulismo e os terrores do sono podem ser desencadeados por vários distúrbios médicos gerais, psiquiátricos e neurológicos, como apnéia do sono obstrutiva, movimentos periódicos das extremidades, crises noturnas, doença febril e uso ou abuso de álcool. Outros fatores de risco incluem privação do sono, gravidez, menstruação e medicamentos específicos, incluindo psicotrópicos (carbonato de lítio e agentes com efeitos anticolinérgicos). Relatos de casos confirmados polissonograficamente indicam que a maioria dos casos em adultos não é relacionada causalmente a um distúrbio psiquiátrico, embora o estresse possa ter seu papel contribuinte.
Incidencia do sonambulismo nas pessoas
Dentre as crianças com idade de 5 a 12 anos, geralmente 12 a 40% delas apresentam pelo menos uma vez na vida um episódio de sonambulismo. Já com os adultos, a ocorrência cai para 2 %.
Qual o tratamento para este distúrbio?
O sonambulismo e os terrores do sono, especialmente em crianças, geralmente não precisam ser tratados, a não ser pela identificação e minimização dos fatores de risco. No entanto, em casos envolvendo traumatismos relacionados ao sono (geralmente em adultos), é necessário farmacoterapia, que pode salvar a vida.
O tratamento noturno por longo prazo com um benzodiazepínico demonstrou ser seguro e notavelmente eficaz em adultos com sonambulismo, terrores do sono e outras parassonias; a incidência de efeitos colaterais e o mal uso ou abuso são baixos. Clonazepam, na dose de 0,25 mg a 1,5 mg, tomado 1 hora antes do início do sono, geralmente é medicamento eficaz. Alprazolam, diazepam, cloridrato de imipramina e cloridrato de paroxetina também podem ser usados. O uso de técnicas de auto-hipnose pode ser eficaz em casos mais leves nos adultos e nas crianças.
O sonambulismo e os terrores noturnos geralmente não são controlados com o tratamento de um distúrbio psiquiátrico que ocorra ao mesmo tempo.
Sonambulismo - é um transtorno classificado como uma parassonia do sono, também chamado noctambulismo, durante o qual a pessoa pode desenvolver habilidades motoras simples ou complexas. O sonâmbulo sai da cama e pode andar, urinar, comer, realizar tarefas comuns e mesmo sair de casa, enquanto permanece inconsciente e sem possibilidade de comunicação. É difícil de acordar um sonâmbulo mas, contrariamente à crença popular, não é perigoso fazê-lo. O sonambulismo ocorre durante os estágios do sono 3 ou 4 ou 5 ou 6 ou 7 ou 8, chamados sono de ondas lentas (SOL) Lento unico e afetivo (LUA) (ver polissonografia ou eletroencefalograma). É mais comum em crianças e adolescentes. Habitualmente, são episódios isolados, mas pode ter um carácter recorrente em 1-6% dos pacientes. A sua causa é desconhecida e não há tratamento eficaz. Acredita-se, erradamente, que o sonambulismo é a conversão, no estado de vigília, dos movimentos que o indivíduo efectúa durante o sonho. Mas na realidade o sonambulismo ocorre antes do estágio de movimentos oculares rápidos (ver REM).

Estágios de sono

1.Início. 2.Meio do sono. 3.Depois do meio do sono. 4.Final do sono. 5.Epílogo do sono.
O sono tem cinco estágios durante os quais as ondas cerebrais diminuem de intensidade até atingir um profundo estado de relaxamento. A baixa atividade se mantém no hipotálamo, ligado à consciência, e no córtex cerebral, que controla os movimentos do corpo.
No caso dos sonâmbulos, essas ondas, vindas de uma área do cérebro chamada ponte, são irregulares. Por isso não cumprem a contento a função de inibir a região motora.
Como as áreas motoras permanecem ativas, o sonâmbulo é capaz de se sentar, andar e trocar a roupa. Já a área relacionada à consciência, no hipotálamo, se mantém quase inativa. E isso explica porque quem sofre desse distúrbio não percebe o que faz nem se lembra de nada no dia seguinte embora algumas vezes podendo se manifestar como por exemplo: ir pagar uma conta a um multibanco ou escrever uma carta devido uma grande preocupação.
Recentemente houve um caso no qual um homem escalou uma montanha durante o sono, e acordou apenas lá em cima. O incrivel é que bombeiros cheios de equipamentos e outros levaram horas para escalar a montanha para o resgate, já que a montanha era muito ingreme.
Muitas pessoas atribuem como uma das causas do sonambulismo o nervosismo ou o medo . Algumas pessoas ja foram encontradas quase pulando de uma janela ou caindo da escada enquanto estavam sonambulas.

Incidência

Dentre as crianças entre 5 e 12 anos de idade, estima-se que 15 a 40% tenham apresentado algum episódio de sonambulismo, pelo menos uma vez na vida. A maior parte das crianças sonâmbulas deixa de apresentar este comportamento a partir da adolescência. Dentre os adultos, as pesquisas estimam que 0,5 a 2,5% apresentam sonambulismo.